Uma história ficcional sobre a origem do Teatro de Bonecos Popular do Nordeste,
ouvida e recontada através dos mestres e mestras de tradição
Segundo livro do brincante Chico Simões
Com ilustrações de Anna Göbel
Sinopse
Chico Simões afirma: “eu não sou escritor”. Mas de tanto ouvir, contar e fazer parte das histórias, tomou vontade de escrevê-las. No fantástico mundo de São Saruê, de onde vem toda inspiração, Arte e Manha do Mamulengo fala sobre a gênese do Teatro de Bonecos Popular do Nordeste. Ouvindo a memória dos próprios mestres mamulengueiros, Chico traz o gosto do Brasil afro, a memória da cana do engenho moída com suor e sangue dos trabalhadores escravizados, que mesmo vivendo em situações de opressão e violência souberam manter viva sua cultura, seu ritmo, sua esperança e bom humor. Quando Chico conta esse conto, acrescenta uns pontos de vista, de interrogação e de reticências, convidando leitores e leitoras a também acrescentarem seus pontos para que essa nossa história, que não é do nunca, se reinvente e nunca tenha fim.
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“Enquanto ouvia e se curava, Benedito distraído tirava cavacos de um pedaço de pau de mulungu que encontrou ao pé do fogão e foi tirando uma lasquinha aqui cavoucando acolá que quando viu tinha feito uma carranca uma cara mal-encarada a cara do Capitão João Redondo encarnada e esculpida só faltava o charuto na boca. Benedito se assustou com o que ele mesmo tinha feito e jogou a cabeça do boneco num canto da parede Mãe Xambá apanhou o boneco examinou atentatmente lembrou de uma coasa que ainda não tinha acontecido, devolveu o boneco na mão de Benedito e sorriu.
Benedito dormiu como uma pedra, mas sonhou como um rio correndo sonhou com o boneco do Capitão e uma legião de outros calungas de gente, bichos e figuras do outro mundo, acordou assustado ouvindo Mãe Xambá…”